Saturday 11 June 2016

Diferenças entre galego e português (I) - Introduçom

O galego e o português som duas línguas mui próximas, que partilham umha origem comum, pois o português provem do galego antigo.



Há quem mantém que galego e português som ainda a mesma língua, ou co-dialetos dum mesmo diassistema linguístico.

Doutro ponto de vista, pode-se tamém concluir que sejam línguas já separadas, embora tenham umha mesma origem.

Aqui imos apresentar as diferenças linguísticas mais importantes entre galego e português, independentemente de serem ou nom a mesma língua.

Em princípio, podemos falar de diferenças em vários eidos, nomeadamente na fonética, na morfologia, no léxico, na sintaxe e mesmo na semântica e na fraseologia.



















Conclusom:

Apesar das inúmeras diferenças, a unidade do diassistema linguístico galego-português é sólida e inegável.

Dentro de ambos idiomas existe tamém umha grande variedade, a qual  nom tem muito reflexo na linguagem culta ou escrita.

A inter-compreensom entre galego e português bastante boa, dependendo do grado de familiaridade que os falantes tenhem da outra língua.




2 comments:

  1. Bo artigo, mas cômpre fazer-che algumhas aclaraçons:
    -Léxico: em galego tamém existe polvo (no RAG escreve-a com "b"). Claro, abofé tamém depende da variedade dialetal de cada lugar, na minha zona emprega-se polvo.
    -Sintaxe: o emprego do possessivo tamém está presente no galego, mais pode-se juntar co dativo de interesse, quedando tal que ansi: "O seu pai é-lhe velho".

    Dende o seu bloge comparto contigo en respeitar as diferenças que existe entre o galego e o português e gosta-me adatar umha aternativa gráfica e ortográfica ao oficial RAG, mas creo que nom tem porque ser à portuguesa (por ejemplo recuperando umha grafía possível do galego medieval).

    Nom sei se emprego bem o galego em versôm meio-reintegracionista.

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  2. Eu acho que som a mesma língua com variantes, e que podia existir, dentro da mesma língua (como de facto já existe) uma norma galega como existe uma portuguesa e outra brasileira (e continuarám a existir com ou sem o AO, que eu rejeito) Considerarmos uma ortografia essencialmente comum nom tem que nos impedir de empregar aquelas variantes fonéticas, morfológicas, sintácticas e fraseológicas, além de léxicas, próprias da norma ou variante galega. Com isso nada perde a língua comum, antes, ela ganha muito. E esta foi a postura tradicional do reintegracionismo (os lusistas radicais já som uma outra cousa)
    O facto de em galego haver tantas normas e ensaios de normas tem algumas vantagens: com um mínimo de esforço, e dado que somos quem de lermos este mesmo texto, por exemplo, em norma AGAL, RAG, que tenhem tantas diferenças ortográficas, nom nos deve custar ler em norma portuguesa ou brasileira, e isso é uma vantagem para nós, pois que, por exemplo, sabido é que os portugueses som renuentes a ler textos em norma brasileira, cousa que para nós nom devia ser nenhum problema, já que constantemente temos de lidar com textos galegos em RAG, AGAL, etc...
    Quanto ao nome da língua, em qualquer das variantes que tem, ela pode ser galego por origem e porque ela assim era chamada mesmo despois da independência de Portugal. Eu nom teria problema em chamá-la português porque foi Portugal quem lhe deu maior desenvolvimento e a levou polo mundo adiante. Nesse sentido, ao meu ver, dizer português da Galiza é o mesmo que dizer galego, ou seja, variante galega do galego (junto da portuguesa ou brasileira) ou variante galega do português junto da portuguesa ou brasileira. Som a mesma cousa. Eu chamo à língua galego, nome antigo da língua e hoje ainda usado na Galiza, mas entendo que os portugueses lhe chamem português, e quando se usa a expressom português da Galiza devia entender-se muito bem que nom devia significar usar o padrom português na Galiza (com ou sem AO), mas a variante galega, a norma galega da língua...
    Assim o eu entendo, e assim som mais feliz. Quando leio Eça, Rosalia, Camões ou Jorge Amado estou a ler livros em... galego...
    Usar o léxico peculiar galego, entendo, nom devia levar-nos a sobrecarregar os nossos escritos artificialmente de termos diferencialistas para demostrar que usamos as nossas peculiaridades léxicas. Nem sempre duas palavras som trocáveis, depende do contexto, do tipo de linguagem, etc. Por isso, devemos fugir do artificioso, usando a língua com naturalidade. Claro que, para isso temos que dominar a língua de verdade, e a isso pode-nos ajudar a leitura de textos em padrom português ou brasileiro que, neste ponto, levam muita vantagem ao galego, pois levam séculos a aperfeiçoar-se como línguas de cultura com padrões muito elaborados pola prática e a escrita.
    Por vezes será melhor usar um termo comum do que um termo peculiar galego porque o contexto nom faça aconselhável o uso do termo peculiar galego, com relaçom à natureza do texto...
    Por exemplo, gorja e garganta, bágoa ou lágrima, nom se usam igual em contextos literários, ou científicos, etc, etc.
    Cumprimentos e parabéns polos teus blogues.

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